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O ano é 2030, você está a caminho do seu trabalho e no trajeto fica em dúvida se trancou as portas! Através de alguns toques no seu celular você tranca todas as portas e apaga as luzes que por ventura ficaram acesas. Mais alguns toques e o seu robôzinho tech começa a vasculhar a casa aspirando a sujeira do chão. Ainda no trajeto para o trabalho, seu carro autônomo identifica um pedestre distraído e o semáforo aberto, mas freia suavemente até que o pedestre termine a sua travessia.  Você já está acostumado com isso e retoma a sua leitura normalmente. Todos os dispositivos tecnológicos estão conectados, conversando e trocando dados entre si. Bem-vindo a Internet das Coisas ou Internet of Things (IoT), onde coisas se conectam com coisas que se conectam com você!

A internet das coisas é o futuro, onde uma grande rede conectará objetos tecnológicos, edifícios, veículos e quaisquer outros dispositivos que sejam tecnologicamente capazes de receber e transmitir dados, possuir sensores e sistemas capazes de estabelecer conexão com a rede. Essa comunicação entre objetos e usuários terão impacto direto na qualidade de vida, aumento de produtividade de agilidade em processos pessoais e comerciais. Sendo basicamente um avanço da internet atual, o termo já é velho conhecido e vem sendo cada vez mais amplamente estudado e desenvolvido.

O termo Internet das coisas, foi cunhado em 1999 por Kevin Ashton, um cientista tecnológico britânico que desenvolveu um sistema de sensores que conectavam objetos  físicos à internet, porém anos antes, em 1990 em uma conferência da INTEROP, Simon Hackett e John Romkey apresentaram uma torradeira conectada a um computador e que foi acionada via internet. Essa conexão entre coisas e a rede viabiliza uma série de questões, trazendo inúmeras facilidades ao cotidiano e solucionando problemas de pessoas e empresas, que poderão controlar dispositivos e máquinas remotamente, enviando, recebendo e processando dados, trocando as informações entre si e executando tarefas de forma autônoma. Embora que ainda não muito difundida em países subdesenvolvidos, a Internet das coisas já vem sendo utilizado de forma significativa e muitos dispositivos já foram desenvolvidos. Grandes empresas estão de olho nesses projetos visionando o futuro e o caminho que a humanidade vem tomando. Um exemplo disso é o Google, que comprou recentemente por incríveis US$ 3,2 bilhões, a empresa NEST, que desenvolve termostatos e detectores de fumaça inteligentes.

O termostato da NEST possui sensores que leêm e vão ajustando a temperatura ambiente, além disso, conforme você vai regulando para a temperatura que deseja, o dispositivo vai aprendendo (Já ouviu falar de Machine Learning?) e armazenando essas informações, controlando posteriormente a temperatura automaticamente de acordo suas preferências. A internet das coisas nos dias atuais é muito utilizada em Smart Homes (Automação de residências) onde todos os dispositivos que possam ser conectados podem ser controlados através de um aplicativo no celular como luzes, janelas e portas, cafeteiras, geladeiras, máquinas de lavar e demais dispositivos que possuem tecnologia suficiente para receber e executar comandos enviados pelo usuário através da rede.

Mas a internet das coisas irá bem além disso com diversos tipos de dispositivos coletando e transmitindo informações surgirão uma vasta gama de possibilidades e automações em quase todos os aspectos da vida humana.

Seu smartwatch coletando informações sobre o seu organismo que enriquecerá seu relatório médico e analisará a sua saúde em tempo real, podendo inclusive identificar problemas com antecedência. A sua geladeira informando quando os alimentos vencerão ou quando está na hora de ir as compras. Medidores de consumo de água e energia transmitindo informações em tempo real para as empresas, sem a necessidade de pessoas coletando tais informações de casa em casa, como é feito nos dias atuais. Os números falam por si só: Segundo dados da CISCO, a estimativa é que até 2020, teremos cerca de 50 bilhões de dispositivos conectados à rede, e hoje o investimento em tais tecnologias só aumentam, principalmente nos setores de transporte e manufatura, que representam cerca de 43% dos gastos direcionados a IoT.

O poder de informação que a internet das coisas nos fornecerá é ilimitado, mas com tanta informação sobre praticamente tudo circulando na rede entramos em uma outra questão: E a segurança dessas informações? Dados sobre a sua residência, seu veículo, seus dados pessoais e de saúde, assim como dados financeiros, não estariam todos de certa forma expostos e passíveis de serem acessadas por hackers? Se tudo estiver conectado e executando comandos recebidos através da internet não seria mais fácil o uso dessas informações para fins indevidos? Obviamente que o avanço da IoT trará junto inovações nos setores de segurança direcionados a tais processos, além do mais, diversos processos poderão e deverão ser tomados a fim de garantir a segurança das informações e garantir que vulnerabilidades não sejam encontradas nos sistemas, tais medidas vão desde a atualização constante dos softwares gerenciadores e dispositivos, inclusão de camadas de proteção, backups de dados pessoais, fatores de autenticação extras e demais medidas necessárias para que seus dados e processos estejam sempre protegidos. Com o avanço iminente das tecnologias e a expansão acelerada da internet, muitas questões como essa serão discutidas e enfretarão processos longos e burocráticos até que possam fazer parte em nossas vidas, mas por outro lado, o impacto positivo que tais inovações nos trarão é de suma importância para a evolução humana e nossa breve jornada pelo mundo real.

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